A Aeronáutica não deu baixa dos praças no MTE e a dispensa prescreveu. Por isso queremos voltar',disse Carlos Lacerda, presidente da Anese
A Aeronáutica não deu baixa dos praças no MTE e a dispensa prescreveu. Por isso queremos voltar',disse Carlos Lacerda, presidente da Anese

Os 15 mil militares dispensados pela Aeronáutica entre os anos de 2001 e 2007 podem voltar à ativa
Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
O
DIA
Rio - Os 15 mil militares dispensados pela
Aeronáutica entre os anos de 2001 e 2007 podem voltar à ativa. A Associação
Nacional dos Soldados Especializados (Anese) entrou com denúncia no Ministério
Público Federal (MPF) contra a coordenadoria de Relação Anual de Informações
Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por aceitar a
dispensa dos militares fora do prazo limite e não ter multado a instituição
militar pelo atraso.
“A Aeronáutica não deu baixa dos praças no MTE e a
dispensa prescreveu. Por isso queremos voltar”,disse Carlos Lacerda, presidente
da Anese, que reúne os soldados especializados. O conselheiro legislativo
militar da Anese Luiz Carlos Oliveira explica que para demitir, a Aeronáutica
precisa divulgar em Diário Oficial e em publicações, o que não teria
ocorrido.
“Além disso, a administração tem um ano para
informar a dispensa ao Ministério do Trabalho e cinco anos para finalizar o
ato. Mas já se passaram 15 anos desde a primeira demissão dos soldados
especialistas”, ressaltou.
Os ex-soldados especializados entraram por meio de
concurso público. Luiz Carlos diz que a Aeronáutica utilizou uma lei destinada
aos outros soldados do serviço militar para dispensar os especializados, que
tinham outro regimento.
NA ILEGALIDADE
Carlos Lacerda conta o martírio para viverem na legalidade. “Estamos com
problema ao abrir empresa, fazer concurso, pedir empréstimo ou auxílio doença,
porque aparece duplo vínculo empregatício. E terei problema para me aposentar”,
desabafa. Eles são concursados, mas alegam que foram demitidos através do
regimento dos outros soldados.
NA LUTA DESDE 2008
Desde 2008, um ano após o término das dispensas na Aeronáutica, os ex-soldados
especializados tentam mostrar na Justiça a ilegalidade da demissão e o rombo
com a multa não paga, que pode chegar a R$ 10 bilhões. Eles falaram com
parlamentares (até com o vice-presidente Michel Temer) e esperam que o caso
seja resolvido o mais rápido.
Que DEUS tenha misericórdia de nós
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